Para os jovens que estão prestes a completar o ensino básico e que terão de tomar uma decisão em breve, o ingresso num curso profissional pode ser uma boa solução.
Esta alternativa é tanto mais válida para aqueles alunos que já sabem perfeitamente qual a área em que ambicionam atuar no futuro. São cada vez mais as empresas que optam por contratar jovens profissionais com uma especialização mais prática e técnica para os mais diversos cargos.
Se há uns anos se ouvia dizer que este tipo de ensino não era valorizado no mercado de trabalho, a situação tem-se alterado e muito. Basta olhar para os estudos e dados mais recentes.
O último relatório anual sobre o Estado da Educação, elaborado pelo Conselho Nacional da Educação (CNE) e divulgado no final de 2020, compara o estado desta via de ensino em Portugal com a União Europeia, nomeadamente no que diz respeito à taxa de emprego. Os dados utilizados reportam-se a 2018 que são os mais recentes disponíveis.
Na União Europeia a 28 (incluindo ainda o Reino Unido), “a taxa de emprego dos diplomados pelas vias do ensino profissional (80,5%) foi superior à dos graduados pelo ensino secundário geral (73,9%)”, refere o documento. Em Portugal, as duas taxas são quase idênticas: 84,6% e 84,5%, respetivamente.
Neste documento, o CNE chama também a atenção para o facto de não ser suficiente “assegurar que se obtém uma colocação no mercado de trabalho com alguma rapidez após a frequência da formação”, destacando a importância de o recém-colocado “poder contar com um contrato que proporcione alguma perspetiva de futuro”. Uma situação sempre a ter em conta!